O Atlas Endoscópico de Doenças Inflamatórias Intestinais é uma contribuição oportuna para a literatura dessa especialidade. Isso porque a avaliação endoscópica da atividade da doença e da resposta à terapêutica tem sido incentivada como uma importante ferramenta no manejo de pacientes com DII. Como sabemos que existem limitações da avaliação clínica com base apenas em sintomas, a endoscopia tem sido enfatizada como o padrão-ouro para medir objetivamente a atividade da doença. Além disso, a vigilância para displasia e câncer colorretal tornou-se mais refinada, com técnicas de imagem avançadas como a cromoscopia, que tem demonstrado seu valor na detecção de lesões neoplásicas iniciais. A endoscopia com melhoramento de imagem (enhanced image endoscopy) tem proporcionado maior acurácia na identificação de câncer precoce e vem colaborando de maneira consistente na avaliação de seu comportamento histológico (neoplásico benigno ou maligno, ou tecido inflamatório). Somam-se a esses recursos a microscopia a laser in vivo e a confocal, que acrescentaram novas modalidades para a elucidação diagnóstica, além de novos desafios.